A gente sai tirando umas fotos pela Savassi, em BH, e depois
resolve flanar um pouco pelas ruas sem tráfego, onde sempre é possível
encontrar conhecidos dispostos a alguma conversa fiada. Na quadra fechada da
Rua Antônio de Albuquerque, nenhum conhecido no Café Três Corações, nas mesas ao ar
livre do Gujoreba, ninguém. Do lado de dentro, porém, uma surpresa, àquela hora
quase matutina, cerca das onze: dois amigos, Saba Mansur e Cláudio Antuña
entregando-se ao alegre fruir do primeiro chope do dia. O que fazer? É chegar
logo e incorporar-se, embora a primeira ideia fosse apenas a desfrutar o
excelente café do lugar. Mas esse plano falhou rápido, com a chegada do
Reinaldo José de Lima, que sentou-se à mesa e, depressa, Ivan, o “maitre”,
trouxe-lhe uma água de coco, que bebeu devagar, depois o chope.
Por aqui todo mundo sabe que Reinaldo é o mítico
centroavante do Clube Atlético Mineiro, o
melhor artilheiro de todos os tempos, que exerceu os misteres do futebol muito
mais no nível de artista que de atleta e encantou até as pedras dos estádios. O
blogueiro já tinha conversado duas ou três vezes com o “Rei”, que é como a
apaixonada a torcida do Galo ainda o reverencia, mas não no clima de uma mesa
de bar, de bar tranquilo e acolhedor da Savassi, o Gujoreba, no caso. Foi um
tremendo happening, conversa boa,
amena. Até sobre futebol a gente conversou.
O blogueiro pediu licença ao craque para uma foto. O Rei
aquiesceu alegre e gentilmente e ergueu a mão direita, o punho fechado, no
mesmo gesto alusivo ao movimento dos “Panteras Negras” com que celebrou cada um
de seus gols inesquecíveis pelos estádios da vida, o gesto que as arquibancadas,
em transe frenético, replicavam com
fervor republicano.
Reinaldo era só um garoto, mas aquela basta cabeleira “Black
Power” e aquele punho erguido a cada gol, e eram muitos gols, irritavam demais os
poderosos do Brasil. Isso também era muito bom. Bravo, Rei! (nm)
(Correção: O Gujoreba fica na Antônio de Albuquerque, e não na Fernandes Tourinho, como constou na mensagem aos leitores de O&B)
(Correção: O Gujoreba fica na Antônio de Albuquerque, e não na Fernandes Tourinho, como constou na mensagem aos leitores de O&B)
Hehe!
ResponderExcluirEnviado do meu iPhone
Christiane
Aí, hem, Thai! Bom saber que você está conectada.
ExcluirQue legal. Ídolo eterno.
ResponderExcluirRei Pelé, Garrincha, Rei...naldo, o resto é o resto.
É isso aí, Daniel. As coisas não têm melhorado.
ExcluirRenato do minas 26 /09 / 2017
ResponderExcluirMuito legal! Vc perguntou a ele se quer voltar JOGAR no galo?
Do jeito que estão as coisas sem os dois (joelhos), é melhor que todos que ali hoje estão!
Da próxima vez eu pergunto. Quem sabe o Rei não topa voltar.
ExcluirPrezado amigo,
ResponderExcluirQue privilégio flanar sob a Beagá em flor e participar de um papo descontraído com o Rei ainda não sucedido no Galo.
Houve alguns príncipes, mas nem o grande R10 o ofuscou. não se apaga a lembrança do garoto que veio de Ponte Nova
para maravilhar a nação alvinegra e deixar o resto com inveja quase mortal!
Enfim, saborosa crônica de um repórter em horas de ócio.
Obrigado e parabéns!
Abração
Ivani Cunha
Caríssimo Ivani,
ExcluirPrivilégio é ter você flanando pela Savassi através destas mal traçadas linhas. Grande abraço.
Que prestígio, hein, NILSEU, sentar-se à mesa de bar com o Reinalto, o Rei Naldo dos punhos cerrados, e logo na Savassi!
ResponderExcluirAlém disso, vi que você, para comprovar mais ainda o prestígio que desfruta na área, tratou da crise brasileira e do futuro do país, em mesa de alto valor, porque ali estava o insuperável Danilo Andrade, com seu vastíssimo bigodaço e um sorriso amigo, como sempre!
Parabéns, e obrigado por dividir, também comigo, as suas alegrias primaverís e filosóficas savassianas!
Grande abraço do
Washington Mello
(E cadê o Sérgio Esser, hein?)
Ô Washington,
ExcluirBom receber suas palavras amáveis. O Danilo não é de levar seu bigodaço à Savassi, mas ao Temático, bar de Santa Teresa, de vez em quando. Já o Sérgio, anda arredio, esquivo, sumido, mais por questão de oportunidade. É isso.
Nilseu,é com imensa alegria que mentalmente flano com você pelas ruas da Savassi ao ler seus belos e poéticos textos. Saudades!
ResponderExcluirEi, Sônia,
ResponderExcluirBom ter você flanando com a gente. Aqui tá bom demais.