sábado, 28 de agosto de 2021

Matutina, com arrulhos

 


Estrela da Manhã, tão bonita, ao clarão dourado dessas auroras de Minas, cintilações de ouro velho que o inverno espevita! Manacás exibidos perfumam a friagem, branco e violeta, branco e violeta, branco-e-violeta que enfeita a calçada se esticando Rua da Bahia acima, glicínias, as glicínias... brando malva, esplendor de ametista.

O pálido amanhecer, que recorta em sombras de antigos gigantes arvoredo e serrania, acende, devagar, os mais altos casarios; cessa, por um momento, o tráfego intermitente, a madrugada se aquieta. 

Silêncio de endechas

de muitas pombas. 

Rruuú, rruuú, rruurruuú... 

(nm)


30 comentários:

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    1. Alguém disse que achou as postagens bonitas. Mas não disse quem é. Obrigado assim mesmo.

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  2. Ô, Marcelo,

    Que bom ter sua presença aqui, neste O&B. Mas falta a gente sair pra um chope. Grande abraço, amigo

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    1. Que alegria, Giovanni, ter sua visita amiga aqui neste O&B

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  4. Um toque de poesia no fim de semana... Valeu demais, abração

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    1. Ei, Fabbrini,

      Bom demais é compartilhar esses textos com você. Grande abraço.

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  5. Caríssimo Nilseu,

    que delícia receber a novíssima Ociosidades & Bagatelas.
    Quando lhe enviei meu artigo de 30 de julho, reclamei da ausência de novas edições.
    Você nada respondeu, o que, com a pandemia, até me deixou preocupado...
    Mas hoje tenho a satisfação de, no total de visualizações, ser o número 44.115.
    Você merece - E VAI TER - milhões, dileto amigo.
    Nesta tarde de sábado já estou lendo com avidez os seus textos, que vou ter o prazer de reler imediatamente.
    Obrigado pela gentileza do envio.

    Um grande abraço,

    Sergio Prates

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    1. Valeu Sérgio,

      Obrigado por suas palavras generosas. Para mim, o mais gratificantes é ter amigos dispostos a compartilhar dessa tertúlia eletrônica. Grande abraço

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  6. Aliás, gostei de ler a vaquinha da rua Leopoldina. Esbarro nela todo dia...
    Antônio Achillis

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  7. Muito bom.

    José de Castro

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    1. Ô Zé,

      Você é econômico nos comentários, mas sua presença é sempre bem vinda aqui neste O&B

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  8. Esse comentário do Núcleo Antuña é pra lá de breve. Mas adorei. Obrigado aos Antuñas todos, daqui de alhures.

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  9. Nilseu o poeta do inverno que se posta na porta de espera da querida que chega toda toda a Primavera de Minas das flores que explodem no alto de suas árvores na véspera de atapetar os chãos das gerais...

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    1. Esse comentário generoso aí, apesar da autoria não identificada, é do querido amigo Lélio Santos, demonstra sua total falta de isenção quando se trata de pessoas de seu afeto. Mesmo assim, obrigado, Lélio.

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  10. Bom demais fechar o domingo com suas crônicas, Nilseu.

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    1. Obrigado pela presença e pela acolhida sempre generosa a este O&B.

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    2. Somente agora, por várias razões, lemos seu texto.
      Poesia em prosa, pra lá de inspirada.Como gostamos!!!!
      Nosso abraço

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    3. É claro que gostei de receber essa mensagem. Apenas não consegui, ainda, saber quem enviou. De todo modo, obrigado.

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  12. O texto sobre a vaquinha desperta ainda mais o nosso afeto por aquela escultura singela que retrata os humores e exibe as indignações do dia a dia da nossa cidade. Acho impossível passar pela rua Leopoldina sem olhar como está a nossa querida vaquinha. Belo Horizonte sob seu olhar torna-se mágica, Nilseu!

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  13. Obrigado, Marília, por sua presença sempre generosa aqui neste O&B. Suas palavras são um grande estímulo para um blogueiro que, a cada dia, torna-se mais e mais preguiçoso. Vamos em frente.

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  14. Neste dia de festa, (...) foi um alívio ler os seus dois poema em prosa. Amanheci apreensivo (...) e fui acalmado pelo alvorecer de BH e pela vaquinha da rua Leopoldina. Só o lirismo nos salva.

    Obrigado,

    Daniel

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    1. Ô, Daniel,

      Bom compartilhar essas linhas com você. Obrigado.

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