sexta-feira, 8 de maio de 2015

Noite inesquecível no CCBB

A estreia de “A mulher que cuspiu a maçã” foi um tremendo “happening”, quarenta e cinco minutos de tirar o fôlego. Rosa Antuña brindou o público que compareceu ao teatro do Centro Cultural do Banco do Brasil, na Praça da Liberdade, em BH, com bom gosto e o melhor de sua técnica refinada. Foram momentos de pura arte, muita arte, inesquecíveis.

O espetáculo será reapresentado hoje (sexta-feira), no sábado e no domingo, sempre às 20 horas. Vale a pena, vale muito a pena, ir ao teatro do CCBB para ver a performance de Rosa Antuña. “A mulher que cuspiu a maçã” é um espetáculo lúcido, brilhante, bonito. Em sua criação e realização, experiência, técnica e sensibilidade, além da genuína vocação de artista de Rosa Antuña. (NM)

2 comentários:

  1. Nilseu,

    Assistiria ao espetáculo “A mulher que cuspiu a maçã”, se estivesse morando em Belo Horizonte. Sua referência - das mais confiáveis - motiva. Soma-se a isto o fato de sua filha ser a atriz! Merda para ela e a nova montagem do Núcleo de Criação Rosa Antuña!

    Queria ter-lhe escrito, antes, quando li “Réquiem para a mangueira que caiu em Lourdes”. Compartilho sua perplexidade. A consciência dos homens anda desandada.

    Seu texto quase elegíaco me transportou à minha casa, no bairro Santo Antônio, onde morava antes de me mudar para Vitória. (...) Suas palavras e sentimentos me levaram de volta ao local com o qual sonhei aí em BH, e que, felizmente, consegui achar e comprar, depois de procurar anos e anos.

    Lembrei-me do que escrevi para um dos corretores que estão tentando vender esse meu privilegiado pedacinho de chão. Entendo sua estranheza ao observar a ação do homem/especulação imobiliária, que destruiu outra gloriosa remanência dos antigos pomares de Lourdes.

    Por isto, permita-me enviar-lhe um parágrafo da correspondência que encaminhei ao corretor, quando sugerida redução no preço de venda do imóvel. Sugestão, que, diga-se de passagem, foi imediatamente acatada diante da crise imobiliária. Escrevi ao corretor:

    ... A casa de Belo Horizonte demonstra como a percepção de espaço geográfico difere totalmente entre as pessoas.

    Estou entre os que dão importância às coisas raríssimas de se encontrar -- principalmente em grandes centros urbanos -- como poder deitar numa rede, debaixo de árvores frutíferas, ao lado de mexericas, goiabas, jabuticabas, plantas e flores. O pomar é um dos locais fantásticos da Rua Deputado Álvaro Sales 348, espaço que oferece inúmeras possibilidades. Ideal para ler, ouvir o canto dos passarinhos e olhar o céu entre as folhas das árvores. E que permitiria a implantação do projeto paisagístico com cascata de água descendo entre as árvores, desembocando na piscina, conforme eu imaginara. E que também absorveria a ideia do ir e vir (de elevador) dos quartos até o salão ou à espaçosa área de lazer – que incluiria churrasqueira (apesar de eu ser vegetariana), sauna e academia de ginástica. Muito daquilo que alguém poderia sonhar em ter à sua disposição, sem precisar sair de casa.

    Desculpe a divagação. É que sou, realmente, encantada com o espaço, a casa e suas múltiplas capacidades...

    Nilseu, a mangueira decepada também me fez lembrar que lhe ofereci minha casa (o segundo espaço que procurei comprar, aqui no Espírito Santo, de onde vejo o sol nascer no mar, da varanda da casa. Agora, no outono, você não vê o sol nascendo no mar (por causa do movimento de rotação e translação da terra), mas, sim, a lua nascendo no mar,formando uma passarela dourada, maravilhosa! (...)

    Abraço,

    Cecília (*)

    (*) Maria Cecília de Oliveira, colega do blogueiro na valorosa turma de 73 da Fafich-BH

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    1. Ô, Cecília, obrigado por sua mensagem, tão amável e generosa, e pelo convite tentador. Grande abraço.

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